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sexta-feira, 5 de março de 2010

A Morte de Anita Garibaldi

Admirada no Brasil e idolatrada na Itália, a humilde jovem lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Aninha do Bentão, uniu-se a um revolucionário, foi soldado, enfermeira, esposa e mãe. Em todos os papéis, sua batalha sempre foi travada em nome da liberdade e da justiça. Tornou-se assim Anita Garibaldi, a “Heroína dos Dois Mundos” . Apesar de humilde, possuía uma tenacidade e um amor à liberdade só reservada aos grandes vencedores.
Giuseppe Garibaldi refere-se a Anita como esposa companheira e corajosa. Foi dentro desta cumplicidade, só existente entre quem vive um grande amor, em que viveram Anita e Garibaldi.

Anita participa das lutas em Imbituba, na tomada de Laguna, e em Curitibanos, onde foi capturada. Consegue fugir e em Lages, às margens do Rio Pelotas, cuida dos poucos sobreviventes feridos. Seus gestos de bravura e coragem, quando em defesa de seus ideais de liberdade, lhe renderam o título de “Heroína dos Dois Mundos” (recebe este título em função de ter lutado primeiramente aqui na América e morrer lutando na Europa, mais precisamente na Itália, por seus ideais).
Na atitude natural dessa heroína simples existe a força convincente de um símbolo. E é cultivando nossos heróis que assumimos os compromissos do presente, dos quais resultarão as realizações do futuro.

Em meados de 1836, Bento Gonçalves instaura o governo da Nova República Rio-Grandense. Nessa época, Anita deixa para trás sua adolescência, firmando-se com um caráter independente e resoluto, e Giuseppe Garibaldi desembarca no Rio de Janeiro, iniciando um exílio que durou 10 anos.
Nessa cidade Garibaldi conhece o Movimento Farroupilha. Alista-se a este Movimento como corso, recebendo a patente de Capitão-Tenente a serviço da República rio-grandense. Ele luta com tanta bravura e idealismo, incorporando de tal maneira a figura do gaúcho, que já velho, na Itália, aparece vestindo o poncho e o lenço vermelho, símbolos da Revolução Farroupilha.

Foi em Ravena que Anita Garibaldi morreu em 4 de agosto de 1849. É em toda a região que a comunidade procura preservar sua imagem, seja na Igreja de São Clemente – onde foi enterrada em dois locais diferentes (no cemitério e depois na sacristia da Igreja, por medida de segurança) -, no casarão onde faleceu e em logradouros públicos que levam seu nome.

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