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segunda-feira, 8 de março de 2010

A Morte de Cleópatra

No dia 12 de agosto de 30 A.C., Cleopatra suicidou-se em seu palácio em Alexandria. Ela descendia diretamente de Ptolomeu, general macedônio de Alexandre e senhor do Egito. Cleopatra foi colocada no poder por Júlio César e tornou-se a segunda faraôna do Egito (a primeira foi Hatshepsut...).

A sua beleza era lendária e logo seduziu o homem mais poderoso do mundo naquela época, passaram meses em lua-de-mel a bordo ao longo do Nilo. Após a morte de César, as provincias do oriente durante o segundo triunvirato ficaram a cargo de Marco Antônio, general de César. Cleopatra seduziu também Marco Antonio e com ele teve dois filhos, além do que teve com César.

Augusto, para se tornar imperador, espalhou que Marco Antônio tentaria tomar o poder e sua esposa, que o havia enfeitiçado, poderia se tornar a rainha de Roma. Uma estrangeira! Foi o que bastou para a turba apoiar Augusto e derrotar Marco Antônio, destruindo o triunvirato e se tornando o grande imperador romano.

Se não tivesse se suicidado, Cleopatra e seu esposo Marco Antônio, seriam levados prisioneiros e mostrados aos romanos em desfile de triunfo, com certeza acorrentados. À exemplo do que fizeram com Vercingetórix, o líder da gália. Seria a vergonha suprema para eles e a glória de Augusto. Não houve outra alternativa além do suicídio.

A nossa Cleopatra está sendo exposta ao público e a turba está conhecendo a impostora estrangeira que compra palácios, demite assessores e nega intimidade com meliantes. Alguém, por favor alcance uma cesta de frutas para o moça!

A Morte de Lucinda da Silva Carvalho

Lucinda da Silva Carvalho, não foi nenhuma personalidade da história mundial, mas foi a grande personalidade da minha história, era a minha mãe. Morreu em no dia 11 de março de 1995, com falência múltipla dos órgãos.
Minha mãe era uma pessoa iluminada, alegre, cheia de vontade de viver, mas infelizmente, por causa de um vício terrível - álcool - foi acabando com sua vida aos poucos. Além de ser diabética, em decorrência do vício adquiriu cirrose hepática e definhou até o fim de seus dias.
Ela estava grávida de mim em abril de 1977. No dia 01 de abril na zona rural, ela não conseguiu me dar à luz e foi levada ao hospital. Chegando lá, um médico antes de realizar o parto lhe deu uma injeção no braço esquerdo. Essa injeção provocou um abcesso e, quando foram retirar, mais de 17 anos depois, descobriu-se a diabetes e logo depois a cirrose.
Ela ouviu comigo o resultados dos nomes aprovados no vestibular 1995. Comemoramos muito. Ela já não andava mais, mas mesmo assim, me abraçou e dançou comigo. Isso foi em fevereiro.
No dia 11 de março, depois de ter passado o dia todo triste, mas consciente, ela queixou-se de dores abdominais e foi levada ao hospital. Antes de chegar lá, começou a vomitar sangue e já chegou morta ao médico.
Essa foi a maior tristeza de minha vida. Até hoje não consegui superar.
Essa foi uma homenagem a ela, em especial e a todas as mulheres do mundo, lutadoras e felizes como minha mãe foi.

A Morte de Alexandre - O Grande

Durante uma longa viagem para a região da Índia, alvo de sua próxima conquista, seu exército recusou prosseguir, pois os combatentes estavam muito cansados. Voltaram para a Babilônia, planejando invadir a Arábia. Porém, Alexandre contraiu uma febre (provavelmente Tifo), e faleceu aos 33 anos de idade. Isso tudo no ano 333 a. C.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A Morte de Tancredo Neves

Tancredo havia se submetido a uma agenda de campanha bastante extenuante, articulando apoios do Congresso Nacional e dos governadores estaduais e viajando ao exterior na qualidade de presidente eleito da República. Tancredo vinha sofrendo de fortes dores abdominais durante os dias que antecederam a posse. Aconselhado por médicos a procurar tratamento, teria dito: "Façam de mim o que quiserem - depois da posse".

Tancredo temia que os militares da chamada linha-dura se recusassem a passar o poder ao vice-presidente. Tancredo esperava que deveria só anunciar a doença no dia da posse quando já estivessem em Brasília os chefes de estados esperados para a cerimônia de posse, quando ficaria mais difícil alguma ruptura política. Porém, a sua saúde não resistiu e, na véspera da posse (14 de março de 1985), adoeceu com fortes dores abdominais sequenciais durante uma cerimônia religiosa no Santuário Dom Bosco. Foi às pressas internado no Hospital de Base de Brasília. Ao primo Francisco Dornelles, indicado à época para assumir o Ministério da Fazenda, Tancredo afirmara[4] que só aceitaria se submeter à cirurgia se tivesse garantias que Figueiredo iria empossar o vice-presidente (José Sarney).

José Sarney assumiu a Presidência em 15 de março, aguardando o restabelecimento de Tancredo. Existia grande tensão na época devido à possibilidade de uma interrupção na abertura democrática em andamento. Caso Sarney não assumisse, poderia ser empossado em seu lugar o então presidente da câmara, Ulysses Guimarães do PMDB. O grande risco era que ocorresse um retrocesso, já que na época os setores políticos mais conservadores tentavam desestabilizar a redemocratização e manter a ditadura.

Devido às complicações cirúrgicas ocorridas - para o que concorreram as péssimas condições ambientais do Hospital de Base do Distrito Federal, que estava com a Unidade de Tratamento Intensivo demolida, em obras -, o estado de saúde se agravou, e teve de ser transferido em 26 de março para o Hospital das Clínicas de São Paulo. Durante todo o período em que ficou internado, Tancredo sofreu sete cirurgias. No entanto, em 21 de abril (na mesma data da morte de Tiradentes), Tancredo faleceu vítima de infecção generalizada, aos 75 anos. A morte de Tancredo foi tristemente anunciada pelo então porta-voz oficial da presidência para a imprensa, Antônio Britto.

Cquote1.svg Lamento informar que o Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Tancredo de Almeida Neves, faleceu esta noite no Instituto do Coração, às 10 horas e 23 minutos [...]. Cquote2.svg
Antônio Britto, porta-voz oficial - 1985

Houve grande comoção nacional, especialmente porque Tancredo Neves seria o primeiro presidente civil após o Golpe de 1964. O Brasil, que acompanhara tenso e comovido a agonia do político mineiro, promoveu um dos maiores funerais da história nacional. Calculou-se na época que, entre São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e São João del-Rei, mais de dois milhões de pessoas viram passar o esquife. Coração de Estudante, uma canção do cantor mineiro Milton Nascimento, marcou o episódio na memória nacional.

O epitáfio que o presidente eleito previra certa vez numa roda de amigos, em conversa no Senado, não chegou a ser gravado na lápide, em São João del-Rei:

"Aqui jaz, muito a contragosto, Tancredo de Almeida Neves".

Em Março de 2008 a sepultura de Tancredo foi violada e a peça de mármore da parte superior do túmulo foi quebrada.

A Morte da Princesa Isabel

Faleceu em Eu, França, em 14 de novembro de 1921.

D. Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Borbon (nome de solteira), Nasceu no Rio de Janeiro, em 29 de julho de 1846.
Princesa Imperial do Brasil, Regente do Império do Brasil por três ocasiões e terceira imperatriz do Brasil (De Jure), era filha do Imperador D. Pedro II do Brasil e da Imperatriz D. Teresa Cristina. Foi cognominada a Redentora por ter abolido a escravidão no Brasil. Após o casamento com o Conde D'Eu, o seu nome completo passou a ser Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança.

D. Isabel teve uma velhice tranqüila, instalada no castelo da família em Eu, na Normandia, propriedade de Gastão de Orleans (Castelo d'Eu). Rodeada pelos filhos e netos, fez de sua casa uma embaixada informal do Brasil. Recebia brasileiros de passagem, ajudou o jovem Alberto Santos-Dümont quando desenvolvia suas invenções. Passou os últimos anos da vida com dificuldades de locomoção. Em 1920 teve a felicidade de saber que a lei que bania a Família Imperial do Brasil havia sido revogada pelo Presidente Epitácio Pessoa.

Com a SAÚDE FRÁGIL, JÁ ABALADA pela mortes dos dois filhos mais novos, faleceu em 14 de novembro de 1921. Foi sepultada no cemitério local, de onde seria trasladada em 6 de julho de 1953 para um jazigo no Mausoléu Imperial da Catedral de Petrópolis.

A Morte de Tiradentes

No dia 21 de Abril de 1792 Tiradentes é enforcado no Largo do Lampadário, no Rio de Janeiro. Dos Inconfidentes, é o único executado, serve de exemplo. O seu corpo é esquartejado. Pedaços dele são espalhados pela estrada que vai para Vila Rica. Uma gaiola com a sua cabeça é alçada a um poste cravado no centro de Vila Rica.

De morte assim matada, Tiradentes morre solteiro. Deixa porém dois filhos menores, Joaquina e João.

Apesar da terem declarado infame o nome do pai e o da família, João é adoptado por um comerciante. Seguirá a carreira militar.

Joaquina vive com a mãe até à maioridade. Portanto pobre, afastada do mundo e de todos, privada de auxílio pelo clima de terror.

Eugénia Maria de Jesus, a companheira de Tiradentes, dizem que é bonita, despretensiosa, clara, de olhos azuis. Mas a pobreza tudo mata.

Tiradentes será herói e lenda, elas de nada sabem.

http://guiadicas.net/fotos/2009/04/vida-e-morte-de-tiradentes.jpg

A Morte de Anita Garibaldi

Admirada no Brasil e idolatrada na Itália, a humilde jovem lagunense Ana Maria de Jesus Ribeiro, conhecida como Aninha do Bentão, uniu-se a um revolucionário, foi soldado, enfermeira, esposa e mãe. Em todos os papéis, sua batalha sempre foi travada em nome da liberdade e da justiça. Tornou-se assim Anita Garibaldi, a “Heroína dos Dois Mundos” . Apesar de humilde, possuía uma tenacidade e um amor à liberdade só reservada aos grandes vencedores.
Giuseppe Garibaldi refere-se a Anita como esposa companheira e corajosa. Foi dentro desta cumplicidade, só existente entre quem vive um grande amor, em que viveram Anita e Garibaldi.

Anita participa das lutas em Imbituba, na tomada de Laguna, e em Curitibanos, onde foi capturada. Consegue fugir e em Lages, às margens do Rio Pelotas, cuida dos poucos sobreviventes feridos. Seus gestos de bravura e coragem, quando em defesa de seus ideais de liberdade, lhe renderam o título de “Heroína dos Dois Mundos” (recebe este título em função de ter lutado primeiramente aqui na América e morrer lutando na Europa, mais precisamente na Itália, por seus ideais).
Na atitude natural dessa heroína simples existe a força convincente de um símbolo. E é cultivando nossos heróis que assumimos os compromissos do presente, dos quais resultarão as realizações do futuro.

Em meados de 1836, Bento Gonçalves instaura o governo da Nova República Rio-Grandense. Nessa época, Anita deixa para trás sua adolescência, firmando-se com um caráter independente e resoluto, e Giuseppe Garibaldi desembarca no Rio de Janeiro, iniciando um exílio que durou 10 anos.
Nessa cidade Garibaldi conhece o Movimento Farroupilha. Alista-se a este Movimento como corso, recebendo a patente de Capitão-Tenente a serviço da República rio-grandense. Ele luta com tanta bravura e idealismo, incorporando de tal maneira a figura do gaúcho, que já velho, na Itália, aparece vestindo o poncho e o lenço vermelho, símbolos da Revolução Farroupilha.

Foi em Ravena que Anita Garibaldi morreu em 4 de agosto de 1849. É em toda a região que a comunidade procura preservar sua imagem, seja na Igreja de São Clemente – onde foi enterrada em dois locais diferentes (no cemitério e depois na sacristia da Igreja, por medida de segurança) -, no casarão onde faleceu e em logradouros públicos que levam seu nome.

A Morte de D. Pedro II

  • Num domingo a 5 de Dezembro de 1706, D.Pedro II, dizem uns depois da missa e outros depois da caça, recolheu numa quinta em Alcântara, que lhe havia sido cedida, por obras no palácio, "alguma coisa aquebrantado" onde depois "lhe sobreveio grande febre com uma sonolência invencível", não bastando para o acordar, a enorme quantidade de ventosas e de outros remédios que se julgou conveniente aplicar-lhe.

  • Reconheceram os médicos "a grande debilidade da cabeça", tendo-o purgado com o famoso extracto de agárico. Parece que "obrou copiosamente", mas foi necessário sangrá-lo novamente e por duas vezes nos pés, "porque havia uma sezão muito grave".

  • Mais tarde uma "pontada que lhe deu da banda esquerda", que alguns chamaram de "pleuriz bastardo".
  • As sangrias não paravam, mas as aflições e as dores não passavam, levaram à conclusão, que o fim se aproximava.

  • Após um sofrimento de 4 dias, D.Pedro II morre no dia 9 de Dezembro de 1706.

  • Conforme prática na época, com os reis defuntos, D.Pedro foi embalsamado

  • Existe relato minucioso sobre as entranhas reais tipo "O bofe estava todo negro" ou "a pleura do lado esquerdo estava esfacelada com uma grande porção de sangue gumoso". mas uma informação mais restrita diria que "se lhe acharam 23 pedras de fel e também um bolso de matéria em outra parte".

  • Também como era norma os intestinos retirados durante o processo, foram devidamente enterrados em local diferente do corpo embalsamado, foram para o mosteiro das Flamengas em Alcântara.

Foi enterrado no convento de São Vicente de Fora.

A Morte de D. Pedro I

As cortes de agosto de 1834 confirmam a regência de D. Pedro I, que repõe a filha no trono português. Apesar de ter reconquistado o trono português para sua filha, D. Pedro I voltou tuberculoso da campanha e morreu em 24 de setembro de 1834, pouco depois da Convenção de Évoramonte (que selara a vitória da causa liberal, de que se fizera paladino), no palácio de Queluz, no mesmo quarto e na mesma cama onde nascera 36 anos antes. Ao seu lado, na hora da morte, estavam D. Amélia e D. Maria II.

Túmulo de Pedro I na Capela Imperial, subsolo do Monumento à Independência, no Ipiranga, cidade de São Paulo, Brasil.

Foi sepultado no Panteão dos Braganças, na Igreja de São Vicente de Fora. O seu coração foi doado, por decisão testamentária, à Igreja da Lapa, no Porto, onde se encontra conservado, como relíquia, num mausoléu na capela-mor da igreja, ao lado do Evangelho. Em 1972, no sesquicentenário da Independência, seus despojos foram trasladados do panteão de São Vicente de Fora para a cripta do monumento do Ipiranga, em São Paulo, no Brasil

Atualmente, os restos mortais do imperador repousam ao lado de sua primeira esposa, a Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Imperatriz Amélia.

O corpo de D. Maria Amélia só foi trasladado para o Brasil, em 1982, por iniciativa do governador Paulo Salim Maluf. Durante todo o tempo que esteve em Portugal, o corpo de D. Maria Amélia repousava ao lado do irmão de D. Pedro I, D. Miguel, no Panteão dos Braganças em Lisboa.

A Morte de Adolf Hitler e Eva Braun

No crepúsculo da batalha na Europa, a morte chega para os bandidos alemães e italianos - Tedescos unem-se na covardia, cometendo suicídio - Mussolini é assassinado por guerrilheiros e tem seu cadáver exposto em praça pública
A última foto: curvado e abatido, Hitler, à beira da morte, inspeciona danos na chancelaria

omo Eva Braun estivesse sem apetite, Adolf Hitler almoçou apenas com seus dois secretários e o cozinheiro. Às 15h30, ao final da refeição, o líder do Reich levantou-se da cadeira e retirou-se para o quarto ao lado da ex-amante - com quem, 36 horas antes, finalmente se unira em matrimônio. No caminho para a câmara privativa, Josef Goebbels e alguns poucos fiéis, prostrados, observavam. O casal adentrou a alcova. E o barulho da porta se fechando foi o último antes que o Führerbunker se inundasse definitivamente de silêncio depois do estampido abafado de um tiro.

Passaram-se alguns minutos até que a corte nazista entrasse no dormitório. O corpo de Adolf Hitler, auto-proclamado chefe da nação de super-homens arianos, estava afundado em um sofá, sua impecável farda marrom já escarlate pelo sangue que escorria de seu rosto. Uma bala na boca: suicídio. Dois revólveres jaziam no chão, mas apenas um havia sido disparado. Ao lado do companheiro, Eva Braun encontrava-se estirada e igualmente defunta; seu óbito, porém, resultara de uma dose de veneno.

Os cadáveres foram recolhidos pelo major da SS e valete de Hitler, Heinz Linge, que, com a ajuda de Martin Bormann, os levou para o jardim da Chancelaria. Lá, Erich Kempka, o motorista do líder, empurrou-os para uma cratera aberta pelas bombas soviéticas que caíam, àquela altura, às centenas sobre Berlim; embebidos em petróleo, foram queimados. Goebbels ergueu sua mão direita, em derradeira saudação ao chefe nazista. Era o fim da linha para o Führer.

Ainda que o artífice da mais sangrenta guerra da cristandade tenha nomeado um sucessor - o almirante Karl Dönitz - , já estava claro que o regime nazista chegara ao ocaso. O calendário marcava 30 de abril de 1945, aziaga jornada para o totalitarismo teutônico: a 400 metros do local onde as carcaças de Hitler e Eva Braun eram consumidas por labaredas, o Reichstag, símbolo do poderoso governo nazista, ardia em chamas com os petardos certeiros do Exército Vermelho.

No dia seguinte à morte do chefe, Goebbels, seu fiel escudeiro e Ministro da Propaganda, o seguia no suicídio. Três semanas depois, foi a vez de Heinrich Himmler, chefe da SS, genitor do extermínio dos judeus e responsável maior pelo terror da suástica, resolver tirar a própria vida. O Reich esfarelava-se com o apagar de seus mentores, unidos em vida pela megalomania e na morte pela mais repugnante covardia.

A Morte de Getúlio Vargas

A pressão da oposição tornou-se mais intensa, no Congresso e nos meio militares: exigia a renúncia de Vargas. Cria-se um tal clima de tensão que culmina com o tiro que Vargas dá no coração na madrugada de 24 de agosto de 1954. Antes de suicidar-se escreveu uma Carta-Testamento, na realidade seu testamento político. Ei-la:

"Mais uma vez, a forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.

Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.

Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.

Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.

E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História." (Rio de Janeiro, 23/08/54 - Getúlio Vargas)

Lázaro Curvêlo Chaves. Texto revisado a 26 de maio de 2008

Getúlio Vargas, tela de A. Malagoli

A Morte de Zumbi dos Palmares

Foto: Reprodução

Zumbi dos Palmares
Zumbi nasceu no início de 1655, numa das aldeias do Quilombo de Palmares. Com poucos dias de vida, ele foi capturado

Zumbi nasceu no início de 1655, numa das aldeias do Quilombo de Palmares. Com poucos dias de vida, ele foi capturado por soldados portugueses comandados por Brás da Rocha Cardoso. O garoto foi entregue ao padre português Antônio Melo, que o batizou com o nome de Francisco.

O padre ensinou Zumbi a ler e escrever em português e latim. Quando tinha 15 anos, Zumbi fugiu da casa do padre e voltou para o Quilombo de Palmares, trocando seu nome cristão de Francisco pelo nome africano Zumbi.

Ele se tornou um grande guerreiro e estrategista militar na luta para defender Palmares contra os soldados portugueses. Porém, em 1678, Ganga-Zumba, então o chefe do quilombo, assinou um acordo de paz com o governo de Pernambuco. A decisão não foi aceita pelos quilombolas e Zumbi rompeu com Ganga-Zumba e se transformou no grande chefe.

Durante os anos de 1680 a 1691, Zumbi conseguiu derrotar todas as expedições enviadas contra o Quilombo dos Palmares.

O guerreiro só foi capturado no dia 20 de novembro de 1695. Traído por um dos seus comandantes, Antônio Soares, Zumbi foi morto, esquartejado e teve a sua cabeça exposta em praça pública na cidade de Olinda, em Pernambuco. Uma lei federal de 2003 instituiu na data da morte de Zumbi o Dia da Consciência Negra.

A Morte de Che Guevara

O fim em La Higuera

Denunciado por uma camponesa, cercado pelos rangers bolivianos sob o comando do capitão Gary Prado num lugar acidentado chamado de Quebrada Del Yuro, depois de um tiroteio, Guevara levemente ferido foi aprisionado na escolinha de La Higuera. Quando se vira perdido Che disse aos soldados que o cercavam: “Não disparem. Sou Che Guevara, e valho mais vivo do que morto.” Mas de nada lhe serviu.

No dia seguinte, após uma ordem expedida de La Paz, foi metralhado pelo tenente Mário Terán. Segundo os militares presentes suas últimas palavras foram: "Digam a Fidel que esse fracasso não significa o fim da revolução, que ela triunfará em qualquer outra parte. Digam a Aleida que esqueça tudo isso, que volte a casar, que seja feliz e cuide para que os meninos continuem estudando. Peçam aos soldados que façam boa pontaria."

A foto do seu cadáver, posto sobre uma maca na lavandeira do Hospital Nuestro Señor de Malta, no lugarejo Vallegrande, para onde ele fora removido de helicóptero, foi mostrado ao mundo.

Havia um quê de místico naquele corpo emagrecido e perfurado de balas, estirado sozinho naquele lugar singelo. Imagem que lembra muito os santos martirizados das épocas primeiras do cristianismo Soube-se que, para fins de rigorosa identificação, os soldados bolivianos o mutilaram cortando-lhe as mãos que foram guardadas em formol.

Transcorridos trinta anos da sua morte, achados por fim os seus despojos enterrados secretamente nos arredores de Vallegrande, os cubanos, recambiando-lhe os ossos, deram-lhe um enterro decente num memorial erguido em Santa Clara (cidade que ele tomou antes de chegar a Havana), onde ele continua sendo um ícone nacional.

Por outro lado talvez ele não gostasse de estar vivo hoje para ter que testemunhar como tudo acabou num trágico, triste e melancólico fracasso. Analisando-se em retrospecto os descaminhos da revolução, presenciando-se o isolamento de Cuba e as crescentes dificuldades do regime de Fidel Castro, foi bem melhor para Guevara ter morrido moço.

A Morte de Evita Perón

Perón manobra o Congresso para obter a reforma da Constituição que lhe garantirá o direito à reeleição. O povo exige a candidatura de Evita à vice-presidência. Mas a primeira-dama está doente. Portadora de um câncer que avança rapidamente, tenta manter-se em evidência, para apoiar a reeleição do marido. Por ocasião de uma tentativa de golpe para depô-lo, é ela quem vai para o rádio, com voz alquebrada, para levantar o povo contra os revoltosos. Com muito sacrifício, consegue ainda, após as eleições, acompanhar Perón na cerimônia da posse, em 4 de junho de 1952, desfilando em carro aberto pelas ruas de Buenos Aires. Menos de dois meses depois, na noite de 26 de julho, a Cadeia Nacional de Radiodifusão anunciaria que "às 20h25 a senhora Eva Perón, chefe espiritual da Nação", deixara a vida para "entrar na imortalidade". Eva, Evita, a "santa", o "anjo formoso", a "prostituta", acabara de falecer. Contava apenas 33 anos. (veja o mapa da morte de Evita)

Eva Perón, no auge da beleza, mobilizando as massas através do rádio...

O Fim da História

A finalidade deste blog é a de mostrar de forma rápida e objetiva, o motivo da morte de grandes personalidades da HISTÓRIA MUNDIAL.